terça-feira, 30 de agosto de 2011

Não matem a verdade


Não agridam a inteligência dos outros. Essa tese de suicídio da estudante Fernanda Veras (encontrada morta semana passada, em obra do MPF) só pode ser uma tentativa de esconder os verdadeiros fatos e, quiçá o verdadeiro autor de tão cruel, monstruoso crime. Enquanto o secretário de Segurança Pública é visto entrando para uma reunião reservada com o governador do Estado nas primeiras horas da manhã e policiais disparam as mais absurdas teorias sobre o caso, a cidade se enche de receio de que a verdade esteja também sendo assassinada. A renúncia do delegado de Polícia Civil, Mamede Lima, encerra por si uma dúvida sobre se a linha de investigação por ele inicialmente levantada pode estar sendo desvirtuada ao sabor sabe Deus de quais interesses. As versões sobre quem teria matado a estudante são as mais diferentes e uma delas chega a causar repúdio pelo nome do personagem citado. Falam num engenheiro de família ilustre de Teresina, bem situada econômica, social e politicamente, mas com um histórico de agressões às suas namoradas, também a uma ex-mulher, sempre que ingere bebida alcóolica. Há informações de amigas da vítima de que ele foi visto várias vezes com a estudante. A grande preocupação é de que, por conta do que se especula em torno desse personagem, as investigações tomem novos rumos, daí a tentativa de passar para a opinião pública uma estranha e por todos os títulos inverossímil versão de suicídio da vítima. A Polícia Civil, com seu quadro praticamente todo renovado mediante concurso público, não pode se curvar à ação de pseudos poderosos. Se de fato houve o crime e a polícia tem condições de identificar seu autor, não há o que temer. E nem o que perder. Muito ao contrário, o desvendamento da barbárie e a consequente divulgação do nome do perverso criminoso só enaltecem a ação Policial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

FAÇA VALER SEU NEGOCIO

aqui vc pode

 
mix ◄Design by Pocket, BlogBulk Blogger Templates ► Distribuído por Templates